terça-feira, 10 de agosto de 2010

A metamorfose do olhar

Queria escrever, mas não consigo! Então, este post é apenas para registrar a impressão acerca do auto-estranhamento da última semana.

Chegaram à Maison du Brésil um colega de doutorado, Vladimir, e sua esposa, Christine. Após terem se instalado, saí com eles na quarta-feira para ajudá-los a resolver as questões básicas dos primeiros dias.

Felizmente, conseguimos fazer tudo e, depois, ainda sobrou tempo para passearmos um pouco. Fomos ao Quartier Latin, passamos pelo Panthéon, pela Sorbonne, entramos na livraria Gibert Joseph, depois vimos a Notre Dame e, finalmente, andamos um pouco pelo Sena até o Hôtel de Ville.

Fiquei emocionado ao ver a emoção do casal diante de tudo. Lembrei-me de mim no primeiro dia que pisei em Paris. E vejam que não faz muito tempo: ainda não completou um mês que estou aqui. Mesmo assim, não havia dúvidas de que minha reação já não era mais igual à deles.

De repente, vi a mim mesmo deslocado da posição de ator para a de espectador. Naquele momento, o encanto da "primeira vez" era só deles. A mim, cabia apenas assistir. Em relação ao meu primeiro dia, Paris já me parece um pouco diferente. Ainda encantadora, claro, mas não do mesmo jeito.

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